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Somos presentemente a terceira geração de uma "aventura" que começou antes de 1956, com o nosso Avô Miguel de Almeida e Silva! Águeda é, sem dúvida, uma das cidades portuguesas com mais ligações ao mundo das motos. E uma das famílias da terra que mais terá contribuído para isso é a dos chamados “Miguéis”, a qual desde que o seu primogénito abriu uma das primeiríssimas escolas de condução do país onde se podia tirar a carta de moto, nunca mais parou de contribuir para o engrandecimento do motociclismo em Portugal.
Quando Miguel de Almeida e Silva abriu a sua escola de condução em Águeda em 1956, a localidade já era uma das mais importantes do distrito de Aveiro e já havia umas quantas motos na região. O importador nacional da BSA, Silva Neto & Cia, tinha a sua sede e instalações em Anadia, muito próximo de Águeda, e tanto na terra como nos concelhos vizinhos havia dezenas de empresas que usavam motos - sobretudo BSAs, BMWs, Jawas e Triumphs - como “carros de serviço”. E como se tudo isto não bastasse, um outro “filho” da terra - Isaac Caetano (cunhando de Miguel e anos mais tarde um dos principais responsáveis da Macal) - , tinha sido uns anos antes, em 1952, campeão nacional de velocidade na classe de 350cc (com uma BSA Gold Star).
Embora viesse a gostar mais de automóveis, Miguel Silva também foi desde muito novo, um entusiasta das motos e, à semelhança do que viria a acontecer depois com o filho e o neto de mesmo nome, foi também um grande desportista. Que se saiba nunca participou em provas de velocidade como o cunhado Isaac mas era um grande entusiasta de gincanas, tendo participado em várias, ainda nos anos 40, quase sempre com resultados brilhantes. A escola de condução, a primeira credenciada da região centro, foi criada sobretudo para a formação de condutores de automóveis mas a par disso, Miguel fez questão que ela também desse formação para condutores de motos. Embora os encargos com licenças, instalações e pessoal tenham feito com que o seu orçamento para veículos ficasse um pouco “esticado”, ainda conseguiu arranjar duas “máquinas” interessantes para as aulas e os exames práticos, que foram um Ford A e um Ford T de 1925 para os automóveis e uma BSA C12 dos anos 30 para as motos. Enquanto as origens dos Ford ́s não são conhecidas, já da BSA sabe-se que pertenceu antes à Sociedade Comercial do Vouga (SCV) - da qual ele era sócio fundador - e tinha sido usada durante anos por um vendedor da empresa que percorria regularmente Portugal de norte a sul para promover as vendas de bicicletas e outras representações dessa firma ligada às duas rodas. Calcula-se que, nos seus primeiros 10 anos de atividade, até 1965, a escola de condução formou centenas de motociclistas, a maior parte deles de Águeda e concelhos limítrofes. Miguel de Almeida e Silva, detentor da licença de instrutor número um da zona da DGV Centro, era o principal responsável e instrutor da escola, mas entretanto o seu filho, o segundo Miguel Silva (ou Basil como se tornou mais conhecido nos meios motociclísticos), já tinha começado a ajudá-lo na labuta diária.